Qual é a sesta perfeita?

Ago 15, 2021 | CONSELHOS, DESCANSO | 0 comments

Dizem que é uma invenção espanhola. Um produto tão típico, como o flamengo, a sangria, a paella…. Criadora e responsável de um bom punhado de benefícios, e um ou outro dano, a sesta perfeita é aquela que esconde uma técnica refinada, que apenas se consegue seguindo uns quantos conselhos. Contamos-lhe quais.

Todos os tipos de sestas que conhece

Fazemo-la depois de comer, se dispomos de uma jornada laboral dividida, no inverno e, sobretudo, no verão. A sesta não é outra coisa que o cochilo que fazemos a meio do dia, e imediatamente depois de comer. Definida como um costume espanhol, que exportamos para o mundo, os seus benefícios são numerosos:

– Reduz a tensão arterial e previne as doenças cardíacas.

– Diminui o nível de stress e ansiedade.

– Aumenta a concentração e estimula a criatividade.

– Melhora os nossos reflexos.

– Favorece a aprendizagem.

– E, obviamente, ajuda a descansar corpo e mente.

Entre estes benefícios também podem emergir uma série de contradições e consequências. Obviamente, não é o mesmo se fazemos uma sesta de 30 minutos, ou uma de 3 horas, na cama, e com pijama. Nem nos vamos a levantar igual, nem vamos a poder render com a mesma eficiência. Por isso, é importante conhecer os tipos de sestas que existem, e quais são os seus efeitos:

Sesta programada

Chama-se programada porque é um hábito adquirido, regular e quase comportamental. Este tipo de sesta fixa-se com antecipação, tenha sono ou não, e faz-se por costume. Uma vez acaba de comer, a tendência é recostar-se uns minutos no sofá, para facilitar a digestão, e antecipar-se ao cansaço de que pode padecer posteriormente. Muitas pessoas a praticam conscientemente, sabendo que se vão deitar mais tarde pela noite. Mas, definitivamente, a sesta programada é aquela que se repete como um hábito todos os dias.

Sesta de emergência

Também chamada sesta de necessidade, é aquela que fazemos quando, depois de comer, nos entra essa sonolência tão característica. Normalmente ocorre quando se fecham os olhos imediatamente depois de comer e, por motivos laborais, temos a oportunidade de o fazer.

Sesta para recarregar baterias

Esta sesta, a que chamamos assim, pode qualificar-se de mil maneiras distintas, mas sempre contará com o mesmo tipo de descanso. Falamos da pequena sesta de 20 minutos que fazemos depois de comer, nada mais começamos a sentir essa sonolência tão característica. Considera-se um descanso que, apesar da sua reduzida duração, melhora o nosso rendimento cognitivo e físico.

Sesta de meia hora

Não sabemos se é a mais habitual, mas seguramente que está no pódio das mais praticadas. As suas características são muito parecidas às da anterior, apenas dura uns minutos mais que, segundo a explicação científica, não carregam benefícios extra para o seu organismo.

Sesta de uma hora

O sono escapa-se um pouco do nosso controlo, e o que deveria ter durado não mais de 30 ou 40 minutos, foi mais longe, chegando até à hora de duração. Este tipo de sesta já carrega um certo atordoamento ao despertar-se, e um rendimento imediato algo inferior ao de antes de dormir. Pelo contrário, ajuda tanto ao rejuvenescimento, como à memória.

Sesta de hora e meia

Se nos custa despertar depois de dormir uma sesta de uma hora, imagine quando a coisa vai até aos 90 minutos. Outro ponto negativo é que esta sesta a mais costuma praticar-se no sofá, pelo que, ao atordoamento mental, temos de juntar-lhe uma possível contratura muscular.

A sesta de pijama, cama e persiana baixada

Sem tabus. Esta sesta costuma praticar-se em consciência, e conhecendo todas as consequências. Costuma-se fazer por não ter dormido nada na noite anterior, por estar de ressaca, ou porque ainda é tão jovem que não sofrerá as suas sequelas. É a menos recomendada, e a que mais pode danificar a sua higiene do sono. Não há problema por fazê-la um par de vezes ao ano, mas já sabe que a sua prática recorrente lhe produzirá desde insónias, até problemas cardiovasculares.

 

Então, qual é o tipo de sesta que tenho que fazer?

Se esteve atento, já se deu conta que qualquer sesta que supere a hora de duração é prejudicial para o seu organismo. Inclusive a de 60 minutos leva a um pior rendimento laboral e social, devido ao atordoamento que nos causa. Então, ¿qual das sestas curtas é a que mais deveríamos praticar?

Atendendo a razões científicas e médicas, a sesta para recarregar baterias, e cuja duração não supera os 20 minutos, é a mais benéfica. Estes 20 minutos são os necessários para reiniciar corpo e mente, descansar, e não alterar a nossa higiene do sono.