Com Que Frequência Há Que Trocar os Lençóis e a Sua Importância

Mai 16, 2025 | CONSELHOS, DESCANSO | 0 comments

Na hora de dormir, a higiene é um aspecto mais importante do que aquilo que podemos pensar. No entanto, muitas pessoas não têm claro com que frequência há que trocar os lençóis, e tendem a prolongar o seu uso mais do que o devido. Isto, ainda que pareça inofensivo, pode ter consequências pouco agradáveis, quer para o seu descanso, como também para a sua saúde.

Durante a noite, o nosso corpo sua, liberta células mortas e entra em contacto com restos de cremes, saliva ou cabelo. Tudo isto se acumula pouco a pouco nos lençóis, criando um ambiente propício para os ácaros, as bactérias e os fungos. Além disso, o pó do ambiente também se deposita nos tecidos, acelerando a proliferação de alérgenos e originando maus odores.

Neste novo artigo da Maxcolchon vamos contar-lhe com que frequência devemos trocar os lençóis em função de diferentes fatores (época do ano, se dorme só ou acompanhado, se tem animais de estimação…), e por que é que fazer isso com frequência pode causar uma grande diferença no seu descanso.

A frequência ideal para trocar os seus lençóis

O período ideal para trocar os lençóis é de 3 a 4 dias, o que permite um tempo suficiente para a lavagem, secagem, passar a ferro e dobragem do jogo de lençóis de substituição. Além disso, durante este curto período, os lençóis que se estão a utilizar não irão adquirir um grau de sujidade que lhes impeça estar aptos para serem utilizados.

Ainda que a recomendação geral mais difundida seja a de trocar os lençóis a cada 3 ou 4 dias, o certo é que existem fatores que podem tornar necessário reduzir essa margem. A frequência ideal pode variar segundo a estação do ano, o seu nível de sudação, ou incluso se dorme com o seu animal de estimação.

Seguindo esta premissa, no verão, por exemplo, o calor e a sudação noturna podem fazer com que os lençóis acumulem mais humidade, bactérias e odores em menos tempo. Nestes casos, é recomendável diminuir os tempos e trocar os lençóis a cada 2 dias, e incluso diariamente se as noites são especialmente calorosas.

No caso de que se produza algum incidente que suje os lençóis, como líquido derramado ou incluso relações sexuais, devem trocar-se os lençóis sem respeitar esse período de tempo. Também é importante substituir os lençóis diariamente caso se esteja doente, já que os vírus e as bactérias se podem transportar até aos mesmos.

Fatores que influem na frequência da troca dos lençóis

Ainda que trocar os lençóis a cada poucos dias seja o mais recomendável, existem situações específicas que exigem um maior controlo e frequência. Estes fatores pessoais podem fazer a diferença entre um descanso saudável e uma acumulação pouco higiénica de sujidade invisível.

Pessoas alérgicas ou com problemas respiratórios

Em pessoas com asma, rinite ou sensibilidade aos ácaros do pó, os lençóis podem converter-se num foco de moléstias caso não sejam substituídos com frequência. O suor, as partículas de pele morta e o pó acumulam-se rapidamente, criando um entorno propício para os alérgenos. Nestes casos, é recomendável trocar os lençóis a cada dois dias e lavar os lençóis a alta temperatura para eliminar os ácaros e as bactérias.

Se dorme com animais de estimação

Partilhar a cama com cães ou gatos é uma fonte constante de pelos, caspa e sujidade externa. Ainda que os animais estejam limpos, o seu contacto direto com a roupa de cama aumenta o risco de proliferação de ácaros e bactérias. Se dorme com animais, é conveniente trocar os lençóis no mínimo a cada três dias, assim como substituir o protetor de colchão com regularidade.

Frequência para crianças e bebés

A pele dos bebés e crianças pequenas é mais delicada, e o seu sistema imunológico ainda está em desenvolvimento. Além disso, podem produzir escapes de urina, sudação ou pequenas manchas de comida com maior facilidade. Por isso, no caso dos mais pequenos, é recomendável trocar os lençóis a cada dois dias ou incluso de forma diária, especialmente se acontecem acidentes.

O que acontece se dorme sem pijama ou se sua muito

Dormir diretamente sobre os lençóis sem roupa faz com que a transferência de suor, gordura corporal e células mortas seja mais direta e intensa. O mesmo sucede se é uma pessoa calorosa ou se sua muito durante a noite. Nestas situações, trocar os lençóis a cada 2 ou 3 dias ajuda a manter um entorno higiénico e confortável, evitando odores e a proliferação de bactérias.

Riscos de não substituir os lençóis com regularidade

Dormir sobre uns lençóis que não se trocam com frequência tem consequências para além do estético ou do higiénico. É que a acumulação de suor, células mortas, gordura corporal e pó converte a cama num ambiente ideal para bactérias, fungos e ácaros do pó.

Esta combinação pode originar ou agravar alergias, asma e outros problemas respiratórios, especialmente em pessoas sensíveis. Além disso, a exposição continuada a uma superfície contaminada pode provocar irritações cutâneas, acne ou eczemas, incluso em pessoas sem patologias prévias.

Outro risco habitual é o mau odor: os tecidos que absorvem suor e se mantêm sem lavar durante vários dias soltam um aroma desagradável e que pode impregnar todo o quarto. E, como se isso não fosse suficiente, dormir num entorno sujo afeta negativamente a qualidade do sono, gerando incómodos, coceira, ou ainda uma sensação de calor excessivo e que dificulta o descanso profundo.

Como manter a roupa de cama fresca durante mais tempo

Trocar os lençóis com frequência é fundamental, mas podem-se aplicar certos hábitos para os manter limpos durante mais tempo.

O primeiro a fazer é arejar bem o quarto todas as manhãs: abrir as janelas e esticar os lençóis durante uns minutos ajuda a reduzir a humidade e a proliferação de bactérias.

Na hora de os lavar, o ideal é fazer isso com água quente (60 °C), se o tecido assim o permitir, e utilizar um detergente suave combinado com um pouco de vinagre branco ou com umas gotas de óleo essencial de árvore do chá, ambos conhecidos pelas suas propriedades antibacterianas.

Também é importante escolher de forma adequada os materiais. Os lençóis de algodão, linho ou cetim são mais respiráveis e retêm menos humidade e resíduos, pelo que se mantêm frescos durante mais tempo.

Por último, evite dormir com roupa suja, não coma nem beba na cama, e mantenha os seus animais de estimação afastados da cama, especialmente se quer prolongar a limpeza da sua roupa de cama.

Perguntas frequentes sobre quando trocar os seus lençóis

É mau substituir os lençóis com pouca frequência?

Sim. Trocar os lençóis com pouca frequência permite a acumulação de ácaros, bactérias, suor e restos de pele, o que pode afetar a saúde respiratória, a pele e a qualidade do sono. Além disso, pode favorecer o aparecimento de maus odores dentro do quarto.

Com que frequência devo substituir os lençóis durante o verão?

No verão, devido ao aumento da sudação, o ideal é trocar os lençóis a cada 2 ou 3 dias. Em casos de calor extremo ou se sua muito pela noite, incluso pode ser recomendável fazer isso diariamente, de modo a manter a cama fresca e higiénica.

As fronhas de almofada devem ser substituídas com maior frequência do que os lençóis?

Sim. As fronhas de almofada estão em contacto direto com o rosto, o cabelo e restos de produtos cosméticos. Por isso, é aconselhável substituir as fronhas a cada 2 ou 3 dias de modo a evitar a acumulação de gordura, bactérias e possíveis episódios de acne.

O que acontece se não troco os lençóis durante um mês?

Dormir durante semanas sobre os mesmos lençóis pode provocar uma acumulação importante de sujidade invisível: ácaros, células mortas, bactérias e restos de suor. Isto pode causar problemas cutâneos, mau odor, alergias, o que pode afetar a qualidade do descanso.

Conclusão

Dormir sobre lençóis limpos não é apenas uma questão de conforto, mas também de saúde. Trocar a roupa de cama com regularidade reduz a exposição a ácaros, bactérias e outros agentes que afetam o descanso e o bem-estar geral.

Ainda que a recomendação geral seja fazer isso a cada 3 ou 4 dias, a frequência ideal pode variar segundo a estação do ano, se partilha a cama com animais de estimação, ou ainda se sua muito ao dormir.