Como o afeta a síndrome do sono insuficiente

Mai 20, 2021 | PERTURBAÇOES DO SONO

A vida familiar, as obrigações laborais, a pressão dos exames nos estudantes, a influência das redes sociais, ou o simples ritmo de vida frenético de hoje em dia.  Devido a esta série de condicionalismos, nem dormimos as horas necessárias nem gozamos do descanso adequado, até chegar ao ponto de sofrer de um transtorno conhecido como a síndrome do sono insuficiente.

O que é a síndrome do sono insuficiente?

Na sua explicação científica, definiríamos a síndrome do sono insuficiente (conhecida pela sua sigla como SSI), como um transtorno persistente do sono, em que o afetado dorme poucas horas e de má qualidade durante cada noite. Isto provoca um mau rendimento académico e laboral no dia seguinte, devido à falta de concentração e resistência física. Dormir de maneira insuficiente é um transtorno do sono bastante comum na população.

Como detetar a síndrome do sono insuficiente

Regra geral, e graças a alguns estudos realizados nos Estados Unidos, poderíamos determinar que a síndrome do sono insuficiente afeta sobretudo aqueles estudantes que estão a enfrentar épocas de exames e pessoas com alta pressão laboral. Trata-se de pessoas que dormem menos de 6 horas cada dia, enfrentando uma série de consequências negativas:

– Experimentar uma sonolência intensa durante todo o dia.

– Despertar-se com a sensação de não ter tido um sono reparador.

– Cansaço físico e mental.

– Ver-se obrigado a pedir a outra pessoa que o desperte todas as manhãs.

– Ter uma grande oscilação de horas de sono entre os fins de semana e período de férias, e o resto do ano. Neste caso, falamos de dormir umas três ou quatro horas mais cada dia.

– Consumo excessivo de bebidas energéticas e que contenham muita cafeína.

Causas que podem provocar a aparição da síndrome do sono insuficiente

Existem uma série de fatores associados à síndrome do sono insuficiente. Passar por épocas de stress que derivam para transtornos emocionais e enfermidades de índole psicológico, como a depressão ou a ansiedade, são apenas alguns deles:

O uso excessivo de dispositivos eletrónicos. Ainda que hoje em dia já não associemos tanto o uso de computadores, consolas, tablets ou smartphones apenas aos mais jovens, este segmento da população continua a ser o que mais costuma ter um dispositivo nas suas mãos. Como já temos explicado em outras ocasiões, os aparelhos tecnológicos interferem na qualidade e duração do sono. Isto deve-se ao facto de que a exposição noturna à luz que emitem os écrans pode afetar os nossos ritmos circadianos e a produção de melatonina.

O alto consumo de bebidas com cafeína. Seja café ou outras bebidas energéticas, o consumo por parte dos afetados por SSI aumenta consideravelmente. De alguma maneira, aqueles com síndrome do sono insuficiente tentam combater o sono que têm durante o dia com a ingestão destes líquidos que contêm cafeína.

A própria adolescência: Falamos de uma época vital e em constantes mudanças. Além das modificações pelas quais passa o próprio corpo, tanto o comportamento como a personalidade podem variar durante a adolescência. Um destes pontos diz respeito ao mero facto de deitar-se mais tarde, algo que provoca uma alteração no ciclo do sono.

A pressão académica e/ou laboral. Conforme vamos entrando na idade adulta, as obrigações vão aumentando. Já na adolescência os cursos escolares vão endurecendo e aumentando de dificuldade, e aparece a pressão acrescida do acesso à universidade. Após a fase académica, damos início à nossa atividade laboral, um momento de stress e nervos, que se veem exponenciados pela alta competitividade e a precariedade que existe hoje em dia.

Como tratar a síndrome do sono insuficiente?

Ainda que apenas possa parecer a ponta do iceberg, a síndrome do sono insuficiente pode ser em algumas ocasiões sinónimo de depressões, mau estado de ânimo, ansiedade, stress e até pensamentos suicidas. Uma vez detetada a SSI, é importante enfrentar a doença de uma forma natural, e manter-se longe do tratamento farmacológico, sempre que possível.

Como já temos explicado, a síndrome do sono insuficiente costuma ser provocada pelo contexto, e por fatores ambientais ou sociológicos. Por isso, o ideal é tratar a doença com um especialista em transtornos psicológicos, através de informação, educação e pedagogia. Em definitivo, trata-se de voltar a retomar esses bons hábitos de sono, perdidos por culpa da pressão laboral e/ou académica.