Como saber se tenho insónias ou não

Nov 1, 2022 | INSÓNIA | 0 comments

Dependendo da pesquisa que você veja, entre uns 25% e uns 30% da população padecem de insónias. E, ainda pior, até 15% sofrem da chamada insónia crónica. Em todos estes casos, falamos do transtorno do sono que impossibilita a conciliação, qualidade ou duração do sono. Ou seja, vários padrões que influem no seu diagnóstico, e que nem sempre podemos atribuir a um “eu adormeço tarde”. É por isso que, por vezes, temos mais dificuldades para saber se temos ou não insónias. 

A que chamamos insónias? Causas e sintomas deste transtorno do sono

Existe uma fina linha entre as insónias e os problemas para dormir. Não é o mesmo padecer de uma série de inconvenientes que dificultam o sono (microdespertares, não conseguir adormecer rápido, levantar-se antes do tempo…), do que um diagnóstico no qual, sim, se possa falar de insónias. Para padecer desta última condição, a chave está no dia seguinte. Temos mal-estar durante o dia? Sofre de cansaço diurno? O problema prolonga-se pelo tempo? Se a resposta a estas três perguntas é “sim”, então podemos estar a falar de insónias.

Ainda que os especialistas em saúde determinem que uma boa higiene de sono começa por dormir oito horas, nem todas as pessoas necessitam dessa mesma quantidade. E que existam dormentes aos quais lhes basta cinco ou seis horas, também ajudou a dificultar a definição de insónia. Porque esta categoria de pessoas também não poderia ser etiquetada como insones. Simplesmente, os seus corpos estão habilitados para dormirem uma menor quantidade de horas.

A insónia é o transtorno do sono que diminui, quer a quantidade de horas, como a qualidade das mesmas. Implica uma dificuldade para conseguir adormecer, mas também para se manter a dormir. Mas, acima de tudo, provoca um estado físico e anímico de cansaço perpétuo. Os seus sintomas mais óbvios são os seguintes: 

– Deitar-se e passar horas desperto sem conseguir adormecer.

– Dormir em períodos muito breves.

– Passar grande parte da noite em estado de vigília.

– Despertar-se horas antes da hora prevista.

– Sofrer de fadiga e cansaço durante o dia seguinte.

No que diz respeito às causas mais comuns encontramos as relacionadas com transtornos próprios da pessoa (problemas psicológicos, ou incluso psiquiátricos), as orgânicas (enfermidades físicas), e as alterações de índole emocional. Em definitivo, qualquer situação que nos leve aos seguintes estados: ansiedade, medo, stress, tensão (física e psíquica), preocupação, nervos, angústia e tristeza. Obviamente, a esses estados emocionais e psicológicos há que acrescentar as causas físicas (enfermidades que provocam dor). Existe um terceiro tipo de insones. São aqueles que as sofrem devido à ingestão de substâncias estimulantes, desde o café, até aos estupefacientes. Por último, haveria que acrescentar aqueles que as padecem devido à toma de certos medicamentos. 

insónias

Então, como posso saber se o que me passa são insónias? 

Com a informação detalhada nos parágrafos anteriores, já podemos fazer uma ideia do que são as insónias. Afinal, falamos de um transtorno que, ainda que seja de índole subjetiva, acaba por afetar o nosso dia a dia. Conduz-nos a um estado de vigília onde a irritabilidade, o cansaço, a falta de concentração, o nosso comportamento, a sociabilidade, a energia física e as emoções se veem alteradas.

Facilitar ao nosso médico de família ou a um especialista toda a informação relacionada com o parágrafo anterior será fundamental para o seu diagnóstico. A partir daí, poder-se-á realizar um estudo do sono para descartar outros transtornos, como a apneia, a síndrome de pernas inquietas, ou outros tipos de hipersónias. 

Para o seu diagnóstico também é importante conhecer os antecedentes familiares relacionados com as próprias insónias e com outros detalhes, como o consumo de álcool, café, estupefacientes e a toma de medicamentos. Além do mais, haverá que detalhar os nossos hábitos de sono (horários de nos deitarmos e levantarmos), a dieta que seguimos (incluindo as horas a que almoçamos e jantamos), ou a prática desportiva.