Quando se celebra o equinócio de Outono, e como isso afeta o seu descanso

Nov 14, 2022 | DESCANSO, CURIOSIDADES | 0 comments

Quando o sol e os seus raios do meio-dia começam a sua caída e as noites se prolongam um pouco mais, chegou o momento. Setembro celebra a chegada do equinócio de Outono. O final do verão no hemisfério norte não só afeta o planeta, como também o nosso corpo. O descanso acaba por se ressentir, e o estado de ânimo sofre as suas consequências. 

O que é o equinócio de Outono? 

Equinócio significa “Noite igual” em latim. Basicamente, é a forma de dizer que tanto a noite como o dia se equilibraram, no que à duração diz respeito. Aproximadamente, ambas as partes do dia duram 12 horas, algo que apenas sucede quando emerge o Outono a cada 22 de setembro. Isto sucede porque o sol se situa sobre a linha do equador da Terra. 

Enquanto que o equinócio vernal marca o início da Primavera (cada 21 de março), como já comentamos, o de Outono é um fenómeno que sucede em torno do 22 de setembro. Ou seja, os equinócios apenas acontecem essas duas vezes e, juntamente com os solstícios, servem para dividir as estações do ano.

O equinócio de Outono é o momento onde o hemisfério norte está tão inclinado que recebe uma menor quantidade de raios de Sol. Quer dizer, a luz solar é recebida num ângulo mais inclinado. Este é o fenómeno que provoca que os dias sejam mais escuros, as temperaturas diminuam, e tenhamos que nos preparar para o frio. Progressivamente, e até que cheguemos a dezembro, esse ângulo ir-se-á tornando mais pronunciado, encontrando o seu clímax e o seu ponto mais baixo a 21 de dezembro. 

Com a chegada do equinócio de Outono, a duração dos dias encurta a um ritmo de um minuto. Ou seja, cada manhã amanhece um minuto mais tarde. Pelo contrário, anoitece um minuto antes do que no dia anterior. Paralelamente, a presença do Sol no horizonte diminui uns três minutos por dia.

Assim afeta o equinócio de Outono no nosso descanso 

Depois de explicado em que consiste o equinócio de Outono, as mudanças de órbita, a incidência nos raios de Sol, ou a diminuição da luz durante o dia, é tempo de compreender que influência tem tudo isto sobre o ser humano.

Ao equinócio de Outono há que juntar alguns fatores mais, e que explicam porque o nosso corpo se ressente:

– A mudança da hora. 

– A diminuição das horas de luz natural (e, portanto, anoitece antes).

– As temperaturas também experimentam uma descida.

– O regresso à rotina: volta a escola, o trabalho, as obrigações e os projetos.

Com o equinócio de Outono inicia-se uma tormenta que será completada com a mudança da hora. Há que ter em conta que durante esse período de tempo experimentamos uma maior melancolia, tristeza, e incluso stress, porque deixamos para trás o verão, e regressamos à vida familiar e às obrigações laborais. Sabemos que pela frente temos uns dez meses onde dificilmente descansaremos, e isso acaba por nos afetar psicologicamente. 

Quando se celebra o equinócio de Outono

A este campo emocional temos que somar os fatores relacionados com o meio-ambiente já comentados. Desde a diminuição das temperaturas, à mudança da hora, passando por todas as consequências do equinócio de Outono. O resultado chega-nos sob a forma de desajustes biológicos onde o relógio interno se altera e o nosso descanso sai prejudicado. 

A soma da mudança da hora e da ausência de luz, provocadas pelo equinócio de Outono, tem como resultado uma menor exposição ao Sol. Como já temos explicado em outras ocasiões, a ausência de luz gera menos melatonina, a hormona que regula o sono. Uma alteração nos nossos biorritmos que também leva a que o sistema imunológico fique mais desprotegido.

O Outono é a estação onde não só temos menos energia, maior apatia e pior estado de ânimo (a chamada astenia outonal), como também é quando nos vemos expostos a mais doenças.

A diminuição da temperatura, o aumento das chuvas e o adeus ao calor pode provocar um aumento dos resfriados e das gripes. Além do mais, lutamos contra essas alterações de temperatura com uma gestão irresponsável do ar condicionado e do aquecimento. O resultado pode ser visto na nossa própria garganta, mais seca do que o normal, devido ao incremento da mucosidade e dos vírus que se alojam nestes dispositivos.