Hipnos: o Deus do sono profundo e dos descansos revitalizantes

A mitologia grega deu-nos milhares de histórias que, hoje em dia, poderiam transformar-se em centenas e centenas de séries. Desde Zeus (o Deus do Céu, e soberano do próprio Olimpo), a Poseidón (o Deus dos mares, da água e dos oceanos), passando por Dionísio (associado ao vinho), ou Atena (a Deusa da sabedoria). Lendas e personagens que nos servem para explicar a atualidade. Assim é o caso de Hipnos, considerado o Deus do sono e dos descansos profundos. 

Assim era Hipnos, o deus da mitologia grega associado ao sono e ao descanso 

Hipnos tinha um irmão gémeo, de nome Tânatos. Enquanto este último personificava a morte não violenta, o significado de Hipno era sono. Ambos foram filhos de Nix, conhecida como a deusa da Noite e que, segundo a mitologia grega, teve ambos os descendentes sem necessidade de um homem. No entanto, outras lendas defendiam que o próprio Hipnos era filho de Érebo, aquele que representava a escuridão.

Centramo-nos em Hipnos, considerado o Deus do sono profundo e dos descansos revitalizantes. Um ser da mitologia grega que sempre foi representado nu, ou incluso com asas nos ombros. E, muitas vezes, junto com o seu mencionado irmão Tânatos, aquele que representava a “morte suave”. Uma terceira hipótese fala do Deus do sono profundo como um ser que dispunha de um chifre de ópio, a arma de que necessitava para induzir os outros ao sono, com uma haste de papoila, e com uma tocha que segurava ao contrário (devido ao fogo). 

Segundo a lenda, Hipnos estava sempre junto ao seu irmão Tânatos. Ambos viviam rodeados das mencionadas papoilas, mas também de outras plantas opiáceas e com poderes hipnóticos (outro ponto a favor dos poderes indutores do sono de Hipnos). Algumas versões defendem que o anteriormente descrito se encontrava numa espécie de cidade subterrânea. Como uma caverna situada debaixo de uma ilha, por onde passava o chamado Rio do Esquecimento.

Os 4 atos que associaram Hipnos com o sono e o descanso 

1. Quando o mandaram adormecer ao próprio Zeus

Conta a lenda extraída da mitologia grega que Hera, filha de Cronos, e Deusa da família, das mulheres e da maternidade, pediu a Hipnos que adormecesse a Zeus, seu esposo. Para conseguir este favor, Hera garantiu que o Deus do sono teria como pago uma boda com Pasitea. Mas já na mitologia da Antiga Grécia existiam os enredos, e Zeus despertou furioso, e quase acaba com a vida do nosso Deus do descanso e do sono.

2. Foi pai de Morfeu

Quando o enredo familiar relatado anteriormente se solucionou, Hipnos pôde casar-se com Pasitea. Ambos tiveram mil filhos. E, entre esse milhar, destacava-se uma personagem muito reconhecida em pleno século XXI: Morfeu.

Hipnos não demorou em pedir ao seu filho Morfeu que fosse uma espécie de assistente. Foi-lhe encomendada a tarefa de animar o conteúdo dos sonhos dos seres humanos. A outro dos seus irmãos, Oniros, foi-lhe pedido que inserisse os objetos inanimados nos próprios sonhos. Entre ambos, faziam todo o guião de tudo o que as pessoas sonhavam. Posteriormente, o próprio Morfeu converteu-se no seu substituto como Deus do sono, encarregando-se de o conceder a reis e imperadores. 

3. Quando se transformou em outros personagens 

Uma das centenas de tarefas que teve Hipnos enquanto Deus do Sono foi a que lhe pediu Hera. A Deusa das mulheres solicitou que Hipnos se transformasse em Ceix para se apresentar em sonhos a Alcíone, e assim informar que o seu esposo tinha falecido.

4. A atribuição de poderes

Outra das suas grandes lendas associa-o com Endimião, um pastor a quem lhe concedeu a habilidade de dormir sempre com os olhos abertos, para que pudesse olhar até à eternidade para a sua grande amada Selena (Deusa da Lua).