Como evitar os pesadelos: técnicas para os reduzir

Out 25, 2022 | PERTURBAÇOES DO SONO | 0 comments

Os pesadelos costumam estar associados à infância. É que normalmente tornam-se mais presentes quando passamos dos seis ou sete anos. Têm o seu início nessa fase vital uma época de terrores noturnos, causados pelos problemas escolares, pela convivência em casa, e pelos filmes de terror. O problema pode vir caso se tornem recorrentes quando já somos mais velhos. É nessa altura que será mais importante saber como os evitar.

O que são os pesadelos, e por que se produzem? 

Regra geral, os pesadelos não são considerados um transtorno do sono. Apenas quando se repetem com tanta frequência que acabam por causar angústias, ansiedades, e incluso medo a dormir. Mas, o que são os pesadelos?

Os pesadelos fazem a sua primeira aparição sobre os 3 ou 4 anos. A partir daí, é iniciada uma fase crescente que alcança o seu pico máximo justamente antes de entrar na adolescência. Falamos desses sonhos de carácter terrorífico e perturbador, e que originam sentimentos como a ansiedade, o stress e o medo. E, ainda que, como dissemos, costumem estar associados com a infância, muitos adultos também os costumam experimentar de forma frequente. 

Pelo lado positivo, há que considerar os pesadelos como uma forma de libertar todas essas inseguranças e medos que invadem o nosso dia a dia. É por isso que, sendo ainda um campo por explorar, se tenha tentado dar significados a todos os tipos de pesadelos. A meio caminho entre a psicologia e a literatura, podemos encontrar subtextos que tentam explicar porque sonhamos com aranhas, com cair no vazio, ou com irmos desnudos pela rua.

Podemos evitar o aparecimento dos pesadelos?

Os pesadelos costumam produzir-se de maneira espontânea, mas quase sempre devido a uma série de detonantes que podemos manipular e controlar, incluso com os que acabam por ser mais frequentes. De fato, podem-se estabelecer uma série de variáveis que definem o dormente mais propenso a experimentar mais pesadelos. 

Falamos de pessoas com um nível de ansiedade e stress alto. Normalmente bastante nervosos e inseguros, e que estejam a passar por uma etapa emocional mais complicada. Também podemos acrescentar como causa o consumo de álcool e outros estupefacientes. E, por último, o que mais define a pessoa com pesadelos recorrentes: obviamente, falamos desses dormentes que sofreram episódios traumáticos, quer na sua infância, como na idade adulta. 

Ainda que nos possam parecer incontroláveis, a realidade é que se pode diminuir o aparecimento de pesadelos noturnos. E não nos referimos a deixar de ver cinema de terror ou a ler livros de Stephen King, mas sim a manter uma higiene de sono saudável.

Através da seguinte série de rotinas, e que servem para melhorar a qualidade do nosso sono, poderemos diminuir o seu aparecimento: 

– Manter um horário regular: despertar-se e deitar-se sempre à mesma hora (incluindo aos fins de semana).

– Tentar manter uma dieta saudável e equilibrada. E, mais importante ainda, não abusar dos jantares abundantes nem a altas horas da noite (os pesadelos são mais frequentes após essas refeições).

– O café e as bebidas estimulantes também podem provocar o aparecimento de pesadelos noturnos.

– Tentar fazer exercício e, para além disso, praticar a meditação ou o yoga para relaxar o sistema nervoso, caso esteja a passar por uma etapa emocional mais convulsa.

– Um banho relaxante um par de horas antes de se deitar pode ajudar a libertar a tensão do dia. 

– Evitar dormir em quartos onde os ruídos sejam constantes, ou onde exista demasiada iluminação. Controlar o contexto onde dorme irá ajudar a evitar esses pesadelos. 

pesadelos

Se os pesadelos se tornaram frequentes e lhe afetam a saúde mental, não hesite em se consultar com um especialista psicológico. A ajuda profissional vai-lhe servir para navegar pelos motivos desses sonhos. Muitos especialistas aconselham a escrever num diário o pesadelo que teve na noite anterior, lê-lo em voz alta e rasgar o papel. Isso pode produzir um efeito terapêutico e libertador.